Por Dra. Ana Paula Simões
Você está fazendo aquele longão ou participando de uma prova que sonhou há tempos, quando sente a sua canela doer, como se não pudesse pisar no chão. Popularmente conhecida como canelite, a síndrome da tensão tibial medial (STTM) é comum nas pessoas que praticam corrida, principalmente nos iniciantes que ainda não se adaptaram às atividades, ou que exageram no ritmo e na intensidade dos treinamentos.
A STTM é definida como dor e desconforto na perna, causada pela corrida praticada de forma repetitiva numa superfície dura ou por uso excessivo dos flexores do pé. É a inflamação do principal osso da canela, a tíbia, que leva a dor na região póstero - medial da perna dos dois terços distais da tíbia (veja na figura acima). Condição também conhecida como síndrome do sóleo.
* Aumentos súbitos na intensidade do treinamento e duração;
* Alterações no calçado e superfície de treinamento;
* Lesões de partes moles;
* Falta de alongamento;
* Anormalidades na inserção muscular.
- Caminhar por pelo menos cinco minutos antes de iniciar a corrida, para aquecer o corpo;
- Seguir o planejamento dos treinamentos, com atividades de preparo físico, alongamento, fortalecimento muscular, equilíbrio muscular e postura;
- Usar um tênis de corrida adequado à pisada e à forma do pé;
- Ter uma alimentação equilibrada, pois a deficiência de certos nutrientes pode acelerar a perda óssea;
- Respeitar os períodos de descanso para a recuperação do corpo;
- Evitar aumentos bruscos na intensidade e duração dos treinos;
- Ter cuidado com o 'overtraining', pois o excesso de treino é lesivo ao corpo.
O que pode causar a canelite?
Aumentos súbitos na intensidade do treinamento e duração
Alterações no calçado e superfície de treinamento
Lesões de partes moles
Anormalidades na inserção muscular
Falta de alongamento
A prevenção é a chave do sucesso de um praticante de atividade física: - Caminhar por pelo menos cinco minutos antes de iniciar a corrida, para aquecer o corpo; - Seguir o planejamento dos treinamentos, com atividades de preparo físico, alongamento, fortalecimento muscular, equilíbrio muscular e postura; - Usar um tênis de corrida adequado à pisada e à forma do pé; - Ter uma alimentação equilibrada, pois a deficiência de certos nutrientes pode acelerar a perda óssea; - Respeitar os períodos de descanso para a recuperação do corpo; - Evitar aumentos bruscos na intensidade e duração dos treinos; - Ter cuidado com o 'overtraining', pois o excesso de treino é lesivo ao corpo.
Após a realização de alguns exames complementares, dá para constatar o nível da lesão. Na ressonância magnética, pode ser evidenciado um edema periosteal, indicando a periostite de tração. A cintilografia óssea pode mostrar lesões longas longitudinais chegando a um terço do comprimento do osso. A maioria das síndromes é de tratamento conservador. Faz-se necessário repouso relativo de dois a quatro meses, mantendo o condicionamento físico com atividades sem impacto e indolores como bicicleta e natação. A indicação cirúrgica só ocorre após dois períodos de repouso e do retorno às atividades com a repetição dos sintomas.
Bons treinos!
Dra. Ana Paula Simões
👉 Mestre em ortopedia e traumatologia pela Santa Casa de São Paulo
👉 Especialista e delegada regional do Comitê de Traumatologia esportiva
👉 Médica assistente do grupo de traumatologia da Santa Casa de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Futebol Feminino e membro da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva.
Comments