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Foto do escritorIngridi Vargas

A música no cérebro

O magnífico cérebro, órgão de tantos e diversos estudos, de longe o fator determinante em desenvolvimento de cada ser. Descreveria como conciso, pensando em todo o seu potencial e em todas as suas atividades, e comparando com o tamanho real do órgão dentro do nosso crânio. Em descrição simples de um grande autor :

"composto por aproximada-mente 12 bilhões de células (Campbell, 1996)"

Eu digo, ainda bem que células são microscópicas... o que nos torna a lembrar, de como é perfeita nos mínimos detalhes a engenharia do nosso corpo.

Abordei esse tema, porque como boa ouvinte, não imagino um momento que seja da vida sem trilha sonora, e é praticamente impossível desassociar bons momentos de músicas que ouvíamos naqueles instantes, assim como o contrário, a partir de um momento não tão feliz, nos traumatizamos com algumas canções inevitavelmente.

E ao pesquisar, encontrei algumas informações interessantes, e tantas mais que me fazem filosofar, grandes lutadores de Boxe por exemplo, possuem o ritmo nos pés, e nós durante vários treinos, ouvimos do professor pra seguir o balanço do movimento nas artes marciais, só posso concluir que na vida, além de maestria nos palcos, a música nos guia em todos os instantes mesmo quando não percebemos.

Aqui, uma outra citação de um dos artigos pesquisados, levando em conta os músicos treinados.

" Enquanto o não-músico processainformação musical primordialmente no hemisfériodireito do cérebro, o músico treinado processa in-formação musical nos dois hemisférios, e apresentauma quantidade maior de conexões entre os he-misférios durante as atividades de escuta musical(Bever; Chiarello, 1974),"(A múscia e o cérebro, ABEM, nº 9-set 2003)"

Analisar a música em dois hemisférios nos ajudaria a definir sinapses mais definitivas. Que mesmo com a demência trazida por outros estágios da vida, essas permenaceriam.

O misterioso cérebro, cheio de esquemas internos e sistemas próprios, por mais confuso que pareça de longe, é na verdade extremamente organizado, em um desses artigos podemos encontrar a seguinte classificação, segundo Levine, quando organizados em "sistemas", entrelaçados e apenas separados por didática, temos

SISTEMA DE CONTROLE DA ATENÇÃO, MEMÓRIA, LINGUAGEM, ORIENTAÇÃO ESPACIAL, ORDENAÇÃO SEQUENCIAL, MOTOR, PENSAMENTO SUPERIOR, PENSAMENTO SOCIAL.


Por mais que tentativas diversas de classificar o cérebro em sistemas pra compreender melhor cada um desses "pedaços" sejam feitas, sabemos que a interdependência dos esquemas é um encanto e um interfere no outro.

Diversos fatores que nos afetam em desenvolvimento, desde os primeiros estágios da vida, como os fatores genéticos, nutricionais e interpessoais são importanter também para o estímulo do melhor potencial de cada um. Como membro dos médicos atletas, com certeza aqui vou apelar para o estímulo da coordenação motora e dos nutrientes essenciais sempre. E graças à neuroplasticidade, sabemos que mesmo começando tarde, é sempre tempo de aprender.






Deixo com vocês este trecho:

"Relatos de caso indicam que pacientes que sofrem de demência, com atrofia do lobo temporal esquerdo, apresentam perda de memória semântica, esquecendo-se de palavras e nomes de objetos. No entanto, em músicos com demência, apesar da perda da memória semântica, não há perda da memória musical (WEINSTEIN et al., 2011) (a múscia por uma óptica neurocientífica" https://www.scielo.br/j/pm/a/4MYkTmWFfsG4P9jfRMdmh4G/

Desejo que mesmo nos casos eventuais de que nossa memória nos fuja em alguns momentos, que possamos nos lembrar das músicas, do equilíbrio treinado, dos movimentos complexos, e que nossas articulações tenham a habilidade flexível de uma criança em processo de aprendizagem. Colocar uma música pra treinar e percorrer a meia maratona que já se está habituado, colocar uma música e automaticamente, seguir pra série de yoga ou musculação... Colocar uma música e fazer sua rotina de exercícios de qualquer gênero, enquanto a memória retorna para os eixos necessários.


Após essas leituras, percebi que mesmo tendo tanto conhecimento já esclarecido de neurociências, existe muito mais a ser pesquisado, espero que as pesquisas nos levem para níveis ainda melhores de saúde!

E nos conte! Qual a sua playlist predileta ?

Até breve queridos amigos!



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